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Merkel pode apostar mais na construção europeia depois das eleições

22 set, 2013 - 10:45

Ex-ministros Daniel Bessa e Miguel Cadilhe acreditam numa chanceler alemã mais livre e flexível depois da reeleição dada como certa este domingo.

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Este domingo é dia de eleições legislativas na Alemanha. Cerca de 60 milhões de eleitores são chamados a votar e as sondagens apontam para a reeleição de Angela Merkel, mas indicam que será preciso o apoio de pequenos partidos para formar uma coligação governativa.

Na análise do ex-ministro da Economia Daniel Bessa, depois de passado o teste eleitoral, Angela Merkel poderá fazer mais pela construção europeia.

“Estou muito curioso em relação a isso. Há quem tenha criado a expectativa de que a chanceler queira deixar um cunho na construção da União Europeia e possa ter alguma coisa a dizer um pouco mais adiante, quando estiver liberta deste processo eleitoral”, aponta Daniel Bessa.

Por seu lado, o ex-ministro das Finanças Miguel Cadilhe considera que Merkel poderá aceitar rever os programas de ajustamento, mas sem ceder no essencial. “Admito que ela esteja mais aberta a rever alguns dos pontos cruciais dos programas de ajustamento, sem todavia ceder no fundamental.”

“Quando digo rever, a Alemanha tem de facto uma palavra muito importante a dizer, sem ceder no cumprimento das dívidas e no saneamento financeiro das finanças públicas de cada um destes países”, diz Miguel Cadilhe, que com Daniel Bessa participou no programa “Conversas Cruzadas”, da Renascença, para ouvir este domingo a partir do meio-dia.
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