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Ministério da Educação diz que não há registo de agressão a menino nepalês. CEPAC participou caso às autoridades

15 mai, 2024 - 23:55 • João Pedro Quesado

O Ministério da Educação afirma que identificou escola, na Amadora, mas que esta não tem registo da agressão. Em comunicado, o Centro Padre Alves Correia, que denunciou o caso à Renascença, disse que "os factos foram disponibilizados às autoridades competentes".

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O Ministério da Educação anunciou, ao início da noite desta quarta-feira, que identificou a escola onde decorreu a agressão a um menino nepalês, noticiada pela Renascença, mas que esta não tem registo de "qualquer ocorrência disciplinar".

Em comunicado, o Ministério afirma que a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares "contactou os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas do concelho de Lisboa, não tendo sido identificada por estes nenhuma situação semelhante" à noticiada pela Renascença.

"Após insistência", o Centro Padre Alves Correia (CEPAC) colaborou no apuramento do estabelecimento em causa, na Amadora.

Segundo o Governo, a direção da escola informou que "os únicos alunos de nacionalidade nepalesa a frequentar o agrupamento estão no Ensino Secundário", mas a criança agredida foi retirada da escola depois do incidente.

O Ministério diz "desconhecer por completo o alegado episódio ou qualquer situação semelhante" e que não recebeu "qualquer participação sobre um ato idêntico".

"Não existe, por isso, qualquer ocorrência disciplinar registada", diz o Ministério da Educação.

À Renascença, a diretora do CEPAC declarou que, quando o caso aconteceu, há dois meses, não foi apresentada queixa às autoridades "por medo" dos pais e que a família pediu transferência do aluno por não se sentir "segura" na escola. Ana Mansoa classificou como "grave" a forma como a escola lidou com o caso, tendo desvalorizado e apenas avançado para a suspensão de um dos alunos por três dias.

O CEPAC informou, na tarde desta quarta-feira, que fez uma participação às autoridades acerca da agressão ao menino nepalês, de nove anos.

Em comunicado, o centro que presta apoio a migrantes afirmou que "os factos foram disponibilizados às autoridades competentes, a quem caberá fazer o seguimento da situação", e apelou "ao respeito pela privacidade da família e outras partes envolvidas, e em particular das vítimas do episódio sucedido".

A instituição que denunciou o caso de violência disse que "é urgente, enquanto sociedade, trabalharmos juntos no combate a manifestações e comportamentos desta natureza, e na identificação de situações de risco".

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