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Criança nepalesa agredida. Governo recebeu "detalhes distintos" do CEPAC

17 mai, 2024 - 23:48 • João Pedro Quesado

Ministério da Educação reuniu-se com Centro Padre Alves Correia a pedido da instituição e diz que "não há qualquer indício de ter ocorrido um “linchamento” na escola da Amadora indicada pela associação".

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A direção do Centro Padre Alves Correia (CEPAC) apresentou ao Ministério da Educação "detalhes e contornos distintos" relativamente à agressão com alegadas motivações racistas ao menino nepalês de nove anos, noticiada pela Renascença a 14 de maio.

Num comunicado enviado às redações na noite desta sexta-feira, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação anuncia ter-se reunido com a direção do CEPAC "a pedido desta instituição".

"Durante o encontro, a direção do CEPAC relatou ao MECI a sua versão de um caso noticiado no dia 14 de maio, apresentando detalhes e contornos distintos face à informação divulgada a um órgão de comunicação social", declara o Governo.

À Renascença, Ana Mansoa, diretora-geral do CEPAC, declarou que "o filho de uma senhora acompanhada pelo CEPAC, que tem nove anos, e que é uma criança nepalesa, foi vítima de linchamento no contexto escolar por parte dos colegas", e acrescentou que o caso ocorreu há cerca de dois meses e "foi filmado e divulgado nos grupos do WhatsApp das crianças".

O Ministério indica no comunicado que, "mesmo com as novas informações disponibilizadas pelo CEPAC, não há qualquer indício de ter ocorrido um “linchamento” na escola da Amadora indicada pela associação", e que o caso "está agora a ser acompanhado pelas autoridades competentes".

"O Ministério está atento e condena todos os casos de violência, sejam sobre crianças estrangeiras ou portuguesas, que obviamente têm de ser sempre denunciados", indica ainda o Governo em comunicado.

Nesta quinta-feira, o Ministério Público confirmou a abertura de um inquérito-crime e de um inquérito tutelar educativo, devido à possibilidade das agressões terem sido levadas a cabo por menores entre os 12 e os 16 anos.

O MP reconheceu à Renascença "a receção de uma denúncia relacionada com a matéria", mas apontou que "dela não consta informação relativa à nacionalidade da vítima". "Nessa denúncia indica-se apenas a nacionalidade da mãe, a qual não é nepalesa", declaram as autoridades judiciais.

Também a PSP está a investigar o caso.

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  • ze
    18 mai, 2024 aldeia 07:57
    "não há qualquer indício de ter ocorrido um “linchamento” na escola da Amadora indicada pela associação". Ora aqui está mais uma prova das invenções sensasionalistas desta esquerda radical, e o pior é que toda a comunicação social vai logo atrás, é só publicar em paragonas e nada de investigar a verdade.é o chamado "jornalixo".

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