A+ / A-

Depois das chamas, Moncorvo e Mogadouro desesperam por ajuda

14 ago, 2013 - 12:16 • Pedro Mesquita

Foi considerado o pior incêndio do Verão e afectou vários concelhos transmontanos. Passado um mês, a ajuda prometida pelo Governo para colmatar os prejuízos continua por chegar.

A+ / A-
Mais de um mês após os grandes incêndios em Trás-os-Montes, os municípios afectados ainda não receberam as prometidas compensações financeiras por causa dos prejuízos nas culturas afectadas.

Em Torre de Moncorvo, a perda foi sobretudo agrícola e o presidente da Câmara, Aires Ferreira, não só ainda não viu a cor do dinheiro como recebeu, na última semana, uma notícia de tirar o sono.

"O Governo, através do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, pretende desviar as verbas do fundo do Baixo Sabor, que já são poucas", diz Aires Ferreira à Renascença. "E há compromissos com duas IPSS [instituições particulares de solidariedade social] para compensar por causa do incêndio", avisa o autarca.

O dinheiro já tinha destino, pelo que Aires Ferreira considera que só pode ser um equívoco. Por isso, vai pedir uma reunião ao secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque. "Vai haver novamente um braço-de-ferro", garante o presidente da Câmara de Torre de Moncorvo.

Em Mogadouro, é pela ajuda do Ministério Administração Interna que se aguarda. "O senhor ministro Miguel Macedo prometeu, mas não me consta nada", critica o presidente da Câmara, António Machado.

O autarca até admite que seja cedo - passou um mês -, mas diz que é bom que o dinheiro não tarde, porque, sustenta António Machado, o município tem os bolsos vazios e, mesmo assim, cumpriu as suas obrigações. "Nós aqui vivemos sempre no fio da navalha", remata.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+