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Guerra Israel-Hamas

EUA apelam à ONU para "cessar-fogo imediato" em Gaza

21 mar, 2024 - 08:05 • Lusa

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, os Estados Unidos vetaram várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU que apelavam a um cessar-fogo imediato e duradouro.

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Os Estados Unidos apresentaram um projeto de resolução aos membros do Conselho de Segurança da ONU, apelando a um "cessar-fogo imediato" em Gaza, disse na Arábia Saudita o secretário de Estado norte-americano.

"Apresentámos uma resolução que está agora no Conselho de Segurança, que apela a um cessar-fogo imediato associado à libertação dos reféns e esperamos que os países a apoiem", afirmou na quarta-feira à noite Antony Blinken ao site informativo saudita Al Hadath.

Blinken é esperado hoje no Cairo, Egito, para fazer avançar as negociações sobre uma trégua entre Israel e o Hamas.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, os Estados Unidos vetaram várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU que apelavam a um cessar-fogo imediato e duradouro.

Uma resolução desse tipo enviaria um "sinal forte", acrescentou Blinken, que, durante um encontro com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salmane, sublinhou o compromisso de Washington com uma "solução duradoura para a crise" e com a criação de um "futuro Estado palestiniano" que ofereça garantias de segurança a Israel, de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.

No sexto mês da guerra, as preocupações internacionais têm aumentado perante a ameaça de fome e o número crescente de mortos em Gaza, com mais de 31 mil vítimas, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas.

Esta madrugada, o ministério anunciou a morte de 70 pessoas na sequência de disparos israelitas e de confrontos na Faixa de Gaza, onde testemunhas relataram ataques aéreos durante a noite no centro do território e violentos combates em torno do hospital de Al-Shifa, no norte da cidade de Gaza.

Um terço dos senadores democratas querem Estado palestiniano

Mais de um terço dos senadores democratas dos EUA apelaram ao Presidente Joe Biden para que aumente as pressões no sentido da criação de um Estado palestiniano.

Este apelo dos senadores ocorre quando os dirigentes norte-americanos mostram uma impaciência crescente com os israelitas.

A iniciativa acontece também poucos dias depois de um discurso surpreendente do líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, em que apelou a eleições em Israel e criticou de forma aberta o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, pela sua gestão da guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza.

A crise no Médio Oriente "atingiu um ponto crítico" que precisa que os EUA falam mais do que apenas "facilitar" as discussões entre israelitas e palestinianos, escreveram em uma carta aberta 19 senadores, liderados por Tom Carper, um parceiro político de Biden desde há muitos anos.

"Solicitamos assim ao Governo Biden que elabore rapidamente e divulgue um plano sólido, onde se detalhem as medidas necessárias" à criação de um Estado palestiniano na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, acrescentaram.

Se Joe Biden e o seu chefe da diplomacia, Antony Blinken, dizem que apoiam "a solução dos dois Estados", as duas afirmações têm permanecido no registo das declarações de intenção.

E Benjamin Netanyahu, que dirige um governo com vários ministros de extrema-direita, opõe-se categoricamente a tal cenário.

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