Armas químicas poderão ter sido usadas sem autorização de Assad
08 set, 2013 - 14:31
Segundo fontes dos serviços secretos alemães, há mais de quatro meses que os militares procuravam autorização para usar armas químicas, mas tinha-lhes sido sempre negada.
O ataque com armas químicas, nos arredores de Damasco, que causou cerca de 1400 mortos em finais de Agosto, poderá ter sido levado a cabo sem a autorização pessoal do Presidente Assad.
Os serviços secretos alemães terão interceptado várias comunicações entre os militares e o palácio presidencial a solicitar autorização para usar armas químicas, ao longo dos últimos quatro anos e meio. Mas a resposta de Assad, em todo esse tempo, foi sempre negativa.
Um relatório dos serviços de informação alemães avança, por isso, a possibilidade de o ataque ter decorrido sem autorização presidencial, o que poderá indiciar que o Presidente está a perder o controlo das suas próprias forças.
Contudo, outra comunicação interceptada pelos serviços alemães, parece dar a indicação contrária. Numa conversa entre membros do Hezbollah, a milícia xiita libanesa que tem participado no confronto ao lado das forças de Assad, e a embaixada iraniana em Damasco, o elemento do Hezbollah indica que a ordem para o ataque foi de facto dada por Assad.
Contrariamente ao que alega o Governo sírio, bem como a Rússia, os alemães concordam com a esmagadora maioria dos países ocidentais que dizem que o ataque partiu de facto das forças armadas e não dos rebeldes.
A Alemanha já condenou a Síria pela utilização de armas químicas, mas não apoia uma intervenção dos Estados Unidos sem que haja luz verde da ONU.
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