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Durão Barroso recebido com protestos e insultos em Lampedusa

09 out, 2013 - 10:50

Visita do representante de Bruxelas não agradou aos habitantes locais da ilha italiana: "Assassinos" gritam alguns, mas também se lê-se a palavra "vergonha" escrita numa bandeira de protesto no porto.

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O presidente da Comissão Europeia chegou esta quarta-feira de manhã à ilha italiana de Lampedusa, onde foi recebido com protestos e insultos pelos habitantes.

A deslocação surge após um convite do primeiro-ministro italiano, Enrico Letta. Um grupo esperava os dois governantes, que foram recebidos com gritos de "assassinos", mas também se lê-se a palavra "vergonha" escrita numa bandeira de protesto no porto.

Durão Barroso vai ser confrontado com as condições precárias em que vivem os refugiados naquela ilha, que serve de porta de entrada para a Europa.

A visita do chefe do executivo comunitário acontece uma semana após o naufrágio de um barco com imigrantes ilegais a bordo, que tinha partido da Líbia. Morreram, pelo menos, 274 pessoas, entre as quais crianças, segundo os números avançados pela agência Reuters. Seguiam na embarcação cerca de 500.

As operações de busca prosseguem no mar. Só ontem foram resgatados 19 corpos.

Este foi um dos piores desastres dos últimos tempos em Lampedusa, uma pequena ilha que se situa entre a Tunísia e Itália.

A Comissão Europeia anunciou a intenção de propor aos Estados-membros uma grande operação de “segurança e resgate”, de Chipre a Espanha, para interceptar navios que transportam imigrantes no Mediterrâneo.

A medida avançada ontem pela comissária dos Assuntos Internos. Cecilia Malmström explicou que a operação seria feita pela Frontex, agência europeia responsável pela vigilância das fronteiras.
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