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Alexandra Leitão defende Governo do PS caso tenha mais mandatos ou votos

18 mar, 2024 - 07:54 • Lusa

A socialista recusou que a responsabilidade de governabilidade esteja do lado do PS caso os resultados da emigração não alterem o panorama atual de uma vantagem da AD sobre os socialistas.

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A coordenadora do programa do Partido Socialista (PS) para as eleições legislativas defendeu que os socialistas devem ser chamados a governar, caso consigam superar a Aliança Democrática (AD) no final da contagem dos votos da emigração.

Em declarações proferidas este domingo no programa "O princípio da incerteza", da CNN Portugal, Alexandra Leitão assumiu a possibilidade de o PS ainda poder vir a ser indicado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para formar Governo, apesar de o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, ter reconhecido no dia 10 de março o triunfo da AD e que o seu partido deveria passar para a oposição.

"Se o PS, depois da contagem dos votos das comunidades portuguesas, tiver mais mandatos ou, em caso de empate, mais votos do que a AD, então deverá governar. Se no fim desse escrutínio tiver menos mandatos do que a AD ou, empatando, houver mais votos na AD, deve governar a AD", afirmou, reconhecendo, no entanto, que será improvável que o PS venha a ultrapassar a coligação.

Mais à frente no painel, a antiga ministra reiterou: "Imaginando que o PS - repito, é altamente improvável - tinha mais mandatos ou, havendo empate de mandatos, tinha mais votos do que a coligação, aí não tenho dúvidas de que [...] o Presidente da República deveria chamar a formar Governo o PS e a direita ficar com o ónus, aliás, juntamente com o Chega, de deitar abaixo o Governo do PS, neste cenário que, já comecei por dizer eu própria, é altamente improvável".

"Não vale a pena pressionar o PS para se transformar numa espécie de muleta do Governo"

Alexandra Leitão recusou que a responsabilidade de governabilidade esteja do lado do PS caso os resultados da emigração não alterem o panorama atual de uma vantagem da AD sobre os socialistas.

"As pessoas esperam que o PS seja o líder da oposição, que tem um programa alternativo para o país, que tem um conjunto de opções diferentes para resolver os problemas do país, e por isso mesmo não vale a pena pressionar o PS para se transformar numa espécie de muleta do Governo", vincou, lembrando que "a direita é maioritária na Assembleia da República e, portanto, todos têm de ser responsabilizados".

A AD, que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de 10 de março, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

Estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece na quarta-feira.

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  • Anastácio José Marti
    18 mar, 2024 Lisboa 12:38
    Se o poder fizesse calos será que esta sujeita que nada fez em desenvolver i limpar à Administração Pública dos podres que lá colocaram, à custa dos cargos de confiança política e nunca pelo mérito quereria voltar ao poder? O que é que ela fez enquanto Ministra da Administração Pública alguém sabe? Manteve trabalhadores DEFICIENTES a serem ilegalmente impedidos de se realizarem e de ingressarem na carreira de Técnico Superior como se fosse para isso que algum dia foi paga. Manteve os funcionários públicos sem receberem os seus Subsídios de Férias e de NATAL POR INTEIRO, , nada tendo feito para que deixassem de fazer incidir sobre tais subsídios os descontos imorais e injustos que ainda hoje são feitos para a ADSE, IRS, CGA, etc. É esta a sua imagem de marca de quem nunca nada fez para desenvolver e limpar as instituições públicas dos asilados e parasitas políticos que lá colocaram apenas e só porque não têm tachos, panelas ou frigideiras no interior do partido em que estão filiados. Onde estão a vergonha, a honestidade intelectual e o sentido de responsabilidade de que teve oportunidade para resolver todos estes problemas e vergonhas nacionais e até hoje, não só nãp ps resolveram como permitiram que os mesmos se agravassem, mantendo seres humanos a quem a vida foi madrasta, ilegalmente impedidos de se realizarem profissionalmente, o que dirão todos esses seres humanos do serviço desta sujeita e do partido que a suportou para nada ter feito para melhorar humanamente o Estado português?

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