A+ / A-

"Agora está do lado dos sindicatos aproximarem-se do governo", diz ministro da Educação

13 mai, 2024 - 21:39 • Alexandre Abrantes Neves

Fernando Alexandre garantiu ainda que vai analisar uma possível recuperação do tempo de serviço a quatro anos, mas recusou apresentar medidas para ajudar professores já aposentados ou nos últimos escalões da carreira.

A+ / A-

O ministro da Educação diz que o Governo já cedeu com a contraproposta apresentada esta segunda-feira, e que agora devem ser os sindicatos a aproximarem-se do Executivo.

Fernando Alexandre apresentou propôs esta segunda-feira às estruturas sindicais dos professores uma recuperação do tempo de serviço de 25% nos primeiros dois anos, 20% no terceiro e 15% no quatro e quito anos. O prazo para o descongelamento total continua, por isso, nos cinco anos e o governo insiste que o processo só comece em setembro.

Apesar de não considerarem a proposta ideal, os sindicatos assinalaram o esforço do governo em se aproximar das suas reivindicações - e, por isso, o ministro diz que o esforço nas próximas reuniões deve vir dos professores.

“Eu diria que está do lado dos sindicatos aproximarem-se da proposta do Governo. Isto é uma negociação, tem de haver um esforço de ambas as partes. O Governo deu um passo no sentido da aproximação e agora aguardamos que os sindicatos, tenham a mesma reciprocidade”, defendeu.

Questionado pelos jornalistas se há possibilidade de o governo recuar para que a recuperação do tempo congelado aconteça em quatro anos, Fernando Alexandre disse apenas que essa hipótese “irá ser analisada”, tendo em conta o impacto que poderá ter nas contas públicas.

“As medidas estão interligadas. [A recuperação do tempo de serviço congelado] não é a única, e as várias medidas têm impacto orçamental. (...) As contas estão feitas e quando tivermos a proposta fechada serão apresentadas com toda a transparência”, detalhou.

A proposta apresentada esta segunda-feira continua a não agradar aos sindicatos, em grande parte porque o Governo não incluiu medidas para mitigar as consequências do congelamento da carreira nos professores dos últimos escalões e nos docentes já aposentados.

Fernando Alexandre adianta que não estão previstas medidas para esses profissionais e explica que o país não tem capacidade para responder a todas as reivindicações.

“Todos os portugueses nas últimas décadas perderam muito. Não é uma questão deste governo. O país não consegue, de facto, reparar todos os danos que crises muito longas e muito duras tiveram na vida das pessoa. Por isso, de facto, não há efeitos previstos para essas pessoas”, rematou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+