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Assédio Sexual

Conduta sexual inapropriada. David Copperfield acusado por 16 mulheres

15 mai, 2024 - 17:45 • Marta Pedreira Mixão com Agências

De acordo com o "Guardian US", o ilusionista já negou as acusações e os advogados acrescentaram que o seu cliente "nunca agiu de forma inapropriada com ninguém, muito menos com menores de idade".

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Dezasseis mulheres acusaram o ilusionista David Copperfield de conduta sexual inapropriada, de acordo com uma investigação do Guardian US, que relata que algumas das alegadas vítimas referem que tinham menos de 18 anos na altura dos incidentes.

A investigação do Guardian US, que está a analisar várias histórias — com base em entrevistas a mais de 100 pessoas e registos judiciais e policiais —, visa o período entre 1980 e 2014 e apresenta várias alegações de comportamento inapropriado por parte do ilusionista, além de acusações de que Copperfield terá drogado três mulheres antes de ter relações sexuais com elas, o que as incapacitou, não podendo consentir o ato.

De acordo com o jornal, o ilusionista já negou as acusações e os advogados acrescentaram que o seu cliente "nunca agiu de forma inapropriada com ninguém, muito menos com menores de idade" e que as acusações do jornal são "não só completamente falsas, mas também totalmente implausíveis".

Copperfield já enfrentou alegações de comportamento sexual inadequado no passado. Brittney Lewis avançou publicamente, em 2018, com alegações de que Copperfield a teria drogado e agredido sexualmente em 1988. Na época, o ilusionista negou as alegações de conduta sexual imprópria.

Estas acusações também foram negadas pelos advogados que defenderam que, à data, não foram apresentadas quaisquer queixas contra o ilusionista nos locais onde atuava e que as drogas "não fazem parte do seu mundo".

Agora, acusações semelhantes foram relatadas ao jornal por uma das mulheres. Noutros quatro outros casos, as mulheres descreveram que Copperfield as teria apalpado durante atuações, sendo que três delas eram adolescentes.

Segundo os registos analisados pela publicação, uma destas mulheres denunciou o incidente à MGM e ao Departamento da Polícia Metropolitana de Las Vegas, mas, de acordo com o jornal, a polícia de Las Vegas afirmou ter encerrado o caso devido a "provas insuficientes".

Sobre o encerramento deste caso, os advogados de Copperfield argumentam que a polícia terá assistido ao vídeo do espetáculo e considerou que estas não o mostravam a tocar "na zona do peito" de nenhuma participante.

Contudo, nenhuma das entidades — os advogados de Copperfield, a polícia de Las Vegas e a MGM — partilharam as imagens do espetáculo com o jornal, apesar dos vários pedidos.

A investigação aponta ainda que existem várias descrições comuns entre as alegações e que várias mulheres afirmaram que Copperfield teria prometido ajudá-las na indústria do entretenimento.

Um dos casos relatados pela publicação é o de uma mulher que refere ter conhecido Copperfield num dos seus espetáculos em 1991, quando tinha 15 anos, e que relata que este terá começado a telefonar-lhe durante a noite. Contou também que o ilusionista lhe enviava presentes e bilhetes para as suas atuações e que, depois de ela ter feito 18 anos, acabaram por ter sexo consensual. Mas a mulher descreve que sente que foi "aliciada", ideia que os advogados rejeitam. Estes, contudo, não contestaram o facto de o mágico ter conhecido a adolescente e confirmaram que ambos tiveram uma relação consensual que durou quatro anos.

No inicio deste ano, foi tornado público que Copperfield era citado em documentos judiciais relacionados com Jeffrey Epstein, o empresário norte-americano condenado por abusos sexuais.

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  • Pedro
    15 mai, 2024 Alges 19:05
    Ele que faça desaparecer as acusações.

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